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Cirurgia de Catarata Congênita
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PROCEDIMENTOS COMUNS ÀS CIRURGIAS
HOSPITALIZAÇÃO:
Internação de algumas horas a alguns dias é necessária. O modo de hospitalização é adaptado em cada caso e será conversado individualmente com cada paciente.
ANESTESIA:
Existem duas formas de anestesia para a realização de uma cirurgia vitreorretiniana:
• Anestesia local com sedação: um produto é injetado na região periocular para dessensibilizar o olho enquanto o paciente está sedado.
Anestesia geral: um produto é injetado em uma veia periférica e o paciente dorme completamente.
• A escolha resulta da opinião conjunta do oftalmologista e do médico anestesista, levando em conta, sempre que possível, o desejo do paciente.
POSSIBILIDADE DE COMPLICAÇÕES:
Toda cirurgia realizada no corpo humano possui riscos. Nas cirurgias oculares, esses riscos são raros e imprevisíveis. Eles serão discutidos com cada paciente de acordo com a sua doença de base.
O que é
A catarata congênita é uma turvação do cristalino do olho que está presente nos olhos do paciente desde o seu nascimento, impedindo a criança de enxergar. Em alguns casos, o pediatra ou os próprios pais detectam uma mancha esbranquiçada na pupila. Estas podem ser unilaterais ou bilaterais e podem ser acompanhadas por outras anormalidades oculares (como distúrbios da córnea e da retina) e muitas vezes são hereditárias. A catarata congênita também pode ser causada por infecções intrauterinas, síndromes cromossômicas, distúrbios metabólicos ou doenças renais.
Porque operar
As primeiras semanas de vida são muito importantes para a estimulação visual, por isso a presença de uma catarata congênita pode prejudicar o desenvolvimento da visão da criança, principalmente se esta for de grande porte e, portanto, cobrir completamente a pupila (a área central do olho, por onde a luz entra). O oftalmologista, em conjunto com o pediatra, deve sempre detectar essa alteração. A baixa visão pode causar estrabismo (desvio ocular) ou nistagmo (movimento involuntário dos olhos). Se algum desses sintomas aparecer, a criança deve ser levada a um oftalmologista e operada o mais breve possível para evitar uma perda visual definitiva.
O preparo
O preparo para a cirurgia de catarata pode ou não incluir o jejum de 8 horas antes do procedimento, a depender da anestesia escolhida antes da cirurgia. Caso seja feita apenas uma anestesia local ou tópica, o paciente não precisará ficar de jejum. As orientações sobre a administração de medicamentos de uso diário de cada paciente (para controle da pressão arterial, diabetes ou alguma outra patologia), será feita pelo anestesista antes da cirurgia, avaliando caso a caso.
No dia da cirurgia, é indicado que o paciente esteja acompanhado de um adulto maior de 18 anos. No momento da internação, será realizada uma conferência detalhada de dados para nos certificarmos que todas as informações referentes, tanto ao paciente quanto à cirurgia proposta, estão corretas. Em seguida, é feita uma marcação no olho a ser operado e a dilatação pupilar com colírios neste mesmo olho.
O tipo de anestesia a ser realizado neste caso é a anestesia geral.
O procedimento
Duas técnicas podem ser realizadas a depender de cada caso:
- Lensectomia com vitrectomia anterior: Nesta técnica a catarata será removida por completo, serão feitas aberturas nas regiões anterior e posterior da cápsula do cristalino, seguida pela remoção do vítreo anterior para evitar opacificação pós cirurgia. Neste caso não é implantada uma lente intraocular.
- Facoemulsificação com implante de lente intraocular e vitrectomia anterior: Nesta técnica será realizada a cirurgia de catarata na técnica clássica e em seguida a remoção do vítreo anterior para evitar opacificação pós cirurgia.
A técnica a ser utilizada será escolhida pelo cirurgião em conjunto com o oftalmopediatra levando em consideração as individualidades de cada caso e cada paciente.
Pós operatório
No pós operatório é importante o cumprimento de uma série de recomendações médicas que devem ser seguidas cuidadosamente. O dia e horário para remoção do tampão ocular serão determinados especificamente para cada paciente. Após a retirada do tampão,o paciente deve iniciar imediatamente o uso dos colírios pós-operatórios, conforme descrito no receituário médico. Na ocorrência de dores oculares e/ou diminuição da acuidade visual, é importante que o paciente entre em contato com a nossa equipe imediatamente.