A catarata é a perda de transparência do cristalino. O cristalino é a lente natural do olho,  localizado atrás da pupila. Os raios de luz passam através do cristalino para atingir a retina, onde as imagens são formadas. Se essa lente se torna menos transparente e obstrui a passagem da luz para a retina, o paciente sofre uma perda progressiva da visão. À medida que as pessoas envelhecem, o cristalino torna-se mais opaco, sendo o próprio envelhecimento a principal causa de catarata.

Dependendo do tamanho e localização da opacidade no cristalino, o paciente pode não notar o desenvolvimento de uma catarata. Porém ela pode causar uma série de sintomas que diminuem a qualidade de vida, entre eles, a visão turva e às vezes dupla (quando uma catarata está se formando), fotofobia (sensibilidade à luz), dificuldade de dirigir à noite, maior frequência na troca dos óculos de grau (que não proporcionam melhora significativa na visão do paciente). Todos esses são indicadores de que você deve operar a catarata.

O preparo para a cirurgia de catarata pode ou não incluir o jejum de 8 horas antes do procedimento, a depender da anestesia escolhida antes da cirurgia. Caso seja feita apenas uma anestesia local ou tópica, o paciente não precisará ficar de jejum. As orientações sobre a administração de medicamentos de uso diário de cada paciente (para controle da pressão arterial, diabetes ou alguma outra patologia), será feita pelo anestesista antes da cirurgia, avaliando caso a caso. 

No dia da cirurgia, é indicado que o paciente esteja acompanhado de um adulto maior de 18 anos. No momento da internação, será realizada uma conferência detalhada de dados para nos certificarmos que todas as informações referentes, tanto ao paciente quanto à cirurgia proposta, estão corretas. Em seguida, é feita uma marcação no olho a ser operado e a dilatação pupilar com colírios neste mesmo olho.

O tipo de anestesia é discutido com o paciente antes do procedimento e pode ser alterado em qualquer momento até a entrada do paciente na sala de cirurgia, desde que haja um consenso entre o paciente, o anestesista e o cirurgião.

Caso o cirurgião opte pela realização de uma cirurgia a laser, o procedimento começará em um equipamento que realizará os três primeiros passos da cirurgia. Com um laser chamado de femtosegundo, primeiro ocorre a incisão corneana, seguida do corte da cápsula anterior do cristalino, para então ser realizada a fragmentação do cristalino. Caso a cirurgia seja feita com a técnica clássica, esses três passos serão realizados com o auxílio de microinstrumentos para uso intraocular. 

Em ambos os casos a cirurgia continuará seguirá com um outro equipamento, chamado facoemulsificador, que usa ondas de ultrassom para emulsificar e aspirar os fragmentos cristalinianos. Por fim, uma lente intraocular será implantada dentro do olho do paciente. Em ambas as técnicas há ausência de suturas. A técnica a ser utilizada será escolhida pelo cirurgião levando em consideração as individualidades de cada caso e de cada paciente.

No pós operatório é importante o cumprimento de uma série de recomendações médicas que devem ser seguidas cuidadosamente. O dia e horário para remoção do tampão ocular serão determinados especificamente para cada paciente. Após a retirada do tampão, o paciente deve iniciar imediatamente o uso dos colírios pós-operatórios, conforme descrito no receituário médico.  Na ocorrência de dores oculares e/ou diminuição da acuidade visual, é importante que o paciente entre em contato com a nossa equipe imediatamente.